As cooperativas de energia elétrica no Brasil vivem um momento de virada. Pressionadas pela necessidade de modernizar operações e pela busca por eficiência, elas encontram na digitalização e no uso de tecnologias como a Internet das Coisas (IoT) um caminho para ganhar produtividade, reduzir custos e oferecer um serviço melhor aos associados.
Além disso, políticas públicas e linhas de crédito específicas — como as da ANEEL e do BNDES — abriram espaço para investimentos em inovação, criando um ambiente propício para que a transformação aconteça.
Desafios atuais
Gerenciar equipes de campo em áreas extensas, muitas vezes rurais, continua sendo um dos maiores gargalos. A falta de visibilidade em tempo real sobre veículos, equipes e ativos resulta em deslocamentos ineficientes, maior consumo de combustível e demora no atendimento.
Outro ponto crítico está nos custos: sem dados confiáveis, é comum o desperdício de recursos em manutenções não planejadas e rotas pouco eficientes.
Estudos apontam que tecnologias de IoT podem gerar ganhos expressivos, como:
- até 35% de redução no consumo de combustível;
- 40% de melhoria na eficiência das rotas;
- 25% menos tempo de resposta;
- 50% mais visibilidade operacional.
Como a IoT está mudando o setor
Sensores inteligentes instalados em postes, transformadores e veículos já permitem monitorar temperatura, vibração, carga e consumo em tempo real. Com isso, é possível adotar manutenção preditiva, prevenindo falhas antes que causem prejuízos.
A conectividade via LoRaWAN, por exemplo, garante cobertura em áreas rurais de difícil acesso, enquanto a integração com GIS (sistemas de informação geográfica) facilita a visualização no mapa de ativos e equipes.
Plataformas mais completas vão além da coleta de dados: transformam informações em relatórios e alertas automáticos, ajudando as equipes a tomar decisões rápidas e seguras.
Como a Infratrack auxilia nesse processo
A digitalização não é apenas uma tendência, mas uma necessidade. Nesse cenário, a Infratrack atua como parceira estratégica das cooperativas de energia, oferecendo soluções que unem rastreamento em tempo real, gestão de equipes de campo e integração de ativos via IoT.
Na prática, isso significa que gestores podem acompanhar veículos, equipes e pontos de interesse em um único sistema, otimizando deslocamentos e garantindo respostas mais rápidas aos associados. Além disso, funcionalidades como cercas virtuais, relatórios automáticos e integração com GIS aumentam a precisão no atendimento e reduzem desperdícios.
Um exemplo prático aconteceu em uma cooperativa do sul do Brasil. Antes, as equipes dependiam de orientações por rádio para chegar até o local da ocorrência, o que gerava atrasos e alto consumo de combustível. Com a adoção do aplicativo da Infratrack, foi possível integrar os ativos da rede elétrica ao sistema de rastreamento, permitindo que os técnicos seguissem diretamente até o ponto exato da manutenção.
O resultado foi imediato:
- redução significativa no tempo de deslocamento,
- queda nos custos operacionais,
- e maior agilidade no atendimento ao associado.
Esse case mostra como a tecnologia, quando aplicada de forma estratégica, pode transformar a realidade das cooperativas de energia e elevar o nível de eficiência operacional.
Caminhos para a digitalização
O processo não acontece de uma vez só. O ideal é começar com projetos-piloto, validar resultados e expandir gradualmente. Assim, reduz-se o risco e já se demonstra valor desde o início.
O diagnóstico inicial é fundamental: entender os gargalos, mapear processos e avaliar a infraestrutura existente. A escolha de fornecedores e tecnologias também deve priorizar integração, escalabilidade e facilidade de uso.
Outro fator decisivo é investir em capacitação das equipes. A cultura orientada a dados precisa ser construída, garantindo que a tecnologia realmente se traduza em ganhos no dia a dia.
O que vem pela frente
O futuro das cooperativas de energia passa pela capacidade de adotar novas tecnologias. Além da IoT, tendências como inteligência artificial, blockchain, edge computing e 5G já despontam como ferramentas que podem ampliar ainda mais a eficiência, a segurança e a transparência no setor.
As cooperativas que conseguirem unir tradição comunitária com inovação tecnológica estarão melhor preparadas para crescer e se destacar nesse novo cenário.